Era uma vez Brasil

Anexo - 2

Entre signos e memórias históricas.

As ilustrações que acompanham as narrativas históricas nos livros didáticos, estão repletas de conteúdo que vão além da cena apresentada. Os símbolos que compõe as telas são como versos de um poema, eles conectam o enredo da tela nos permitindo viajar por entre os séculos e reviver cenas cotidianas da época.

Para ilustrar uma HQ não é diferente, é preciso pensar quais cenas vão compor a trama apresentada, para que a estória fique coerente e retrate o sentimento que aquele quadrinho pretende provocar.

A metodologia que utilizamos para explorar o tema “O Dilema de D. João” começa com um exercício de identificação de símbolos em quadros históricos. Para esta parte do exercício utilizamos obras que retratam o período das Grandes Navegações, onde as expedições artísticas são mais expressivas.

As respostas tomam forma a partir de alguns questionamentos: Quais elementos estão em primeiro plano? Quais personagens estão mais iluminados? Que objetos estão em destaque? Para onde olham estas pessoas?

Apresentamos duas leituras de “A primeira missa no Brasil”. Duas telas que contam o mesmo episódio a partir de símbolos semelhantes, com estéticas diferentes. Quando passamos a comparar a duas, ficou mais fácil compreender como este exercício fomenta a relação entre as memórias, e como podem ser utilizados signos distintos para ilustrar a mesma trama.

Compreendido como os símbolos caracterizam as telas e contam histórias mais profundas, passamos para a parte pragmática do exercício: O caminho inverso. A partir das discussões em torno da decisão de D. João, quais símbolos poderiam ser utilizados para melhor ilustrar essa história?

Se colocar diante do desafio dos alunos, de construir as HQs, nos aproxima das suas dificuldades. Os professores por sua vez, além de exercitar o conhecimento pela narrativa, poderão facilitar a identificação dos símbolos que melhor a ilustrariam. Permitindo desta forma, HQs mais ricas de informação visual e um melhor aproveitamento da criatividade dos alunos.

Por fim, é preciso que fique claro que nenhum elemento numa tela é colocado por acaso. É assim nas telas do renascimento, é assim nas fotografias dos jornais, é assim na telenovela das oito. Abrir os olhos dos alunos para isto, vai dar subsídios para que eles utilizem este conhecimento a seu favor nas HQs e adquiram um olhar cade vez menos passivo sobre o mundo.

 

Prof. Diego Leon

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